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sábado, 10 de março de 2012

No escuro...

As noites aqui não são tão escuras, há postes acesos numa rua fria. Sinto falta das estrelas que o céu escondeu, de deitar no chão cimentado frente à igreja depois de um dia cheio de trabalho, enquanto cantava músicas que aprendi quando ainda tentava firmar meus pés. Ficava imaginando o que elas poderiam estar tentando dizer ou para que rei apontavam. Por isso mostre-me as estrelas outra vez, o teu riso é o que eu preciso agora.

Para onde vou posso sentir o teu cheiro, ver o seu andar tão perto, seu jeito de ordenar as coisas, e como sabe que eu amo você sussurra baixinho como ninguém mais...Naquela época quando eu não sabia a que constelação elas faziam parte, você as desenhava no ar com os dedos contando seus nomes, naquele momento sabia que poderia ir a qualquer lugar.

Talvez eu seja o velho nômade a caminho de uma terra desconhecida vendo nas estrelas os retratos dos filhos que ainda não nasceram ou às vezes um rei mago atravessando cidades em busca daquele que anunciaram... Por isso, leve-me novamente sob o seu cuidado, não há mais medo em mim. Se o sonho é maior agora é porque você tem se mostrado muito maior do que eu imaginava.

Porque você brincou com os astros ao pintar os céus e diante dele toda a criação declara suas mãos, não é preciso agora trazer nada nelas, somente segure minhas mãos enquanto caminho. Enquanto há noite lá fora e estrelas aqui dentro.

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