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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Pra quem sabe escolher...

Liberdade tem cheiro de terra, tem cheiro de novo ...tem gosto também. Para mim tem sabor de pollo al disco, factura, caçuela...tem vontade de dar beliscão e de atravessar o rio...
Talvez o que nos tenha faltado em todo esse tempo não seja o encontrar a "liberdade", mas desfrutar daquilo que se tem. Porque na grande maioria das vezes, erramos porque não sabemos o que temos.
Uns são presos e não sabem que são. Outros são livres e pensam ser presos.
Uns têm muito e pensam não ter nada e outros não têm realmente nada mas são ricos. Parece que todo esse tempo olhamos para a liberdade de forma errada...como uma oportunidade distinta para ser ou fazer aquilo que sempre desejamos. Esse é o nosso maior erro, acreditar que devemos esperar uma oportunidade. Nós devemos sim, criar quando não houver nenhuma chance, caminho ou resposta.
Liberdade tem rosto de criação. Esse é o seu maior desafio...quando tudo estiver escuro, crie uma lâmpada! Quando quiser falar e ter medo, crie um modo de tocá-los com ou sem palavras. Quando tudo parecer um tédio, crie a maior aventura. Quando tudo parecer um filme repetido...pare e crie novas cenas, um novo final. Ninguém consegue esconder uma criação...ninguém pode mentir sobre o que foi nos dado, a não ser se não soubermos o que recebemos.
E a verdade, é que alguém nos deu e garantiu o nosso poder de escolha. E é ela que nos faz livres ou escravos. Nos permiti criar ou só reproduzir o que outros estam fazendo. Porque liberdade é pra quem sabe escolher... pra quem escolheu viver.

Saudade...

Ela havia acabado de ir, estava voltando para o seu lugar...Mas por que o seu lugar não poderia ser aqui? Porque pessoas vem e vão?! Isso parece não estar certo...parece não fazer sentido.
Agora ele estava sentado no seu quarto silencioso, olhando para janela, como se estivesse esperando ter ali alguma visão...
A distância não é má quando se está acostumado a conviver com ela. Nem a solidão tão triste depois que se aprende a fazer dela sua melhor parceira.
O problema está quando se conhece alguém, quando se está perto, quando se deixa ser tocado e as coisas parecem mudar dentro de si. E quando se vai...sente falta, como se realmente algo sempre estivesse faltando em todo esse tempo.
A única visão que ele teve naquela tarde foi a imagem de um lugar que antes havia sido um jardim...Agora só se via um chão cimentado, já endurecido pelo tempo. Parecia ser o retrato dele também, uma terra com saudade do jardim. Com saudade de sentir a grama, de admirar aquela rosa.

Um sopro forte...

"Os sonhos nos empurram pra longe
como um vento forte soprando
sob as velas de um barco.
Talvez por isso sejam tão valiosos...
que algumas pessoas ficam até com medo
outras ficam tão intimidadas que enterram não só os sonhos mas pessoas junto."

Sinal

Tudo parece calmo e quieto não importa os ruídos ao redor ou as notícias do dia anterior. Estranhamente, elas agora não parecem me requerer nada... Talvez porque uma chuva fininha caia lá fora. Uma chuva capaz de me regar aqui dentro. Será um sinal? Será esperança vindo sobre uma terra seca e árida?
Ainda não sei o porquê, mas ao olhar para ela vejo recomeço. Me faz pensar na chuva que estiou, na tempestade que se acalmou. Me faz sentir encorajada para abrir a porta e dançar ou mesmo ficar ali fora, deixando as gotas de água me tocarem.
Eu estaria exposta assim a um resfriado?! Bom, pode até ser... mas porque chove fininho, vou arriscar. E correr o risco de me expor e recomeçar. Até o ponto de se correr o risco de ficar enxarcada pelo o que se acredita.