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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Uma menina e sua semente

Momentos especiais precisam ser registrados por isso são 21:00h no relógio da minha amiga ao lado. A hora em que cantamos “Parabéns” para semente dela. Há seis dias carregamos nossas sementes de feijão de um lado a outro, na expectativa de vê-los crescer. Quando criança, isso era simplesmente uma tarefa de casa, o que hoje mais consiste num grande exercício de fé.

Para alguns, isso pode não ser um desafio, mas para aqueles que não conseguiram nem dar água para um pequeno cacto, ser paciente e extremamente perseverante acaba se tornando a maior tarefa.

Havia agora, bem diante de mim, uma menina e sua semente. Ela a chamava de Flor. Mesmo quando antes não se encontrava nada... Até poucas horas não se via broto algum, apenas um algodão cercando seus feijões. Parecia ser um milagre. Sim, foi exatamente essa palavra que a menina usou. E como discordar disso?! Como dizer que, milagres não acontecem mais com tanta frequência?! Se eles estão aí por toda parte... Como duvidar que vale a pena esperar mesmo quando não se vê nada brotando?!

A verdade é que às vezes enxergá-los seja difícil mesmo... Talvez porque tenha chegado à hora de trocar as lentes que usamos para vê-los. Talvez porque seja preciso deixá-las definitivamente...

Aquele grão de feijão parecia gritar a cerca de milagres, como se dirigisse a minha própria semente, que parecia se esconder em meio a terra em que foi lançada. Eu deveria saber que pequenas sementes escondem as maiores árvores. Que cultivá-las é um processo que leva a outros ao descanso, que o importante não é saber como elas acontecerão, mas como faço minha parte.

Ou quem sabe o necessário seja simplesmente crer que o que temos nas mãos é suficiente.

Para quem duvida que milagres ainda acontecem, deixe-me apresentar uma menina e sua semente...

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