“ Pelo mar foi o teu caminho; as tuas veredas , pelas grandes águas; e não se descobrem os seus vestígios.”- Salmos 77:19
Carta à um marujo
na praia.
Escrevo hoje para
você, caro marujo, para que não se deixe intimidar pelo mar e por suas ondas
bravas. Escrevo porque atravessei a seco. Porque umas mãos maiores do que as
minhas conteram as águas de uma forma que houve estrada para se passar.
Por isso não duvide
que há um caminho escondido, encoberto por todo esse mar. Pois há...Sepultura
para aqueles que mantem um coração endurecido e um caminho rumo a liberdade
para aqueles que não se agarram na sua própria força, mas se seguram Nele.
Escrevo para eu
mesmo, para que um dia não chegue a me considerar um marujo velho e experiente
demais para querer andar sozinho. Quero agora e quero sempre a fé de menino,
que sente frio na barriga ainda, mas confia que o Pai sabe o caminho.
O que tudo isso me
leva a pensar é que o fato de nos depararmos com um grande mar em nossa frente, em alguns momentos da nossa
vida, não quer dizer que algo de muito errado está acontecendo. Passar por ele
faz parte de quem somos e para que fomos chamados. Atravessá-lo resulta em
conhecermos de perto a quem realmente servimos. O que sabemos é que retroceder pode
até parecer ser o mais lógico, embora não mais aliviador. No entanto para
descobri-Lo, vale a pena manter uma fé viva.
Talvez, tudo o que precisamos agora seja crer
e persistir em crer. Em situações improváveis, fé sempre abriu caminhos.
Logo, não são com
as lutas e dificuldades em si que precisamos nos focar, mas sim, em descobrir
os caminhos escondidos Dele... Porque no fim são eles que nos levam a lugares
onde jamais nosso pequeno alcance poderia tocar.
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